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Vírus VSR: infectologista diz que não há razão para pânico e como crise pode ter ocorrido no Amapá

O médico infectologista Alessandre Guimarães observa que o vírus sincicial respiratório é um dos mais comuns agentes de uma infecção aguda nas vias respiratórias. Também é chamado de “resfriado comum”. Na maioria dos casos, é responsável apenas por quadros leves de síndromes gripais e mais amenas que uma gripe comum, causada pelo vírus Influenza. Uma síndrome gripal é um conjunto de sinais e sintomas: febre baixa, bastante coriza, dor de garganta de moderada intensidade, congestão nasal e cefaléia (dor de cabeça). O VSR é comum em crianças de até três anos e é muito contagioso e costuma ter mais incidência em locais fechados e em climas mais frios ou transições climáticas.

Nos casos mais severos, explica Alessandre, pode ocasionar perda de apetite, desidratação e pode afetar os brônquios e os pulmões, ocasionando uma doença chamada bronquiolite (inflamação dos bronquíolos, ramificações cada vez mais finas dos brônquios que penetram nos alvéolos pulmonares). Também pode evoluir para uma pneumonite (pneumonia causada por vírus) e chegar em síndromes respiratórias agudas graves para bebês prematuros, pessoas acima de 60 anos ou mais e/ou com outras comorbidades. Somente no dia 3 de maio deste ano uma vacina contra o VSR foi aprovada. A princípio, será apenas para idosos com mais de 60 anos.

Apesar de ser um vírus “menos grave” que o Influenza, há uma explicação para o surto que gerou uma crise no Amapá. “Passamos um bom período usando máscaras e outras medidas de distanciamento social. O VSR, assim como outros vírus, podem de certo modo terem ficado ‘represados'. Somado a esta época do ano, de maior sazonalidade, pode ter contribuído para a fácil e rápida propagação da doença, que não gera imunidade. Ou seja, ao longo da vida, as pessoas podem ter mais de um episódio de resfriado comum ocasionado pelo VSR. Quanto mais distante do último episódio, mas fácil será um grande contingente da população de adquirir ‘ao mesmo tempo', pela queda da imunidade natural”, detalhou o médico infectologista.

Em 2023, de janeiro até o dia 17 de maio, o Pará registrou 29 casos positivos para o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), segundo informou a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a partir de dados do sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial do Lacen-PA. Alessandre recomenda que nestes períodos de surto e por não haver ainda vacina, é importante voltar a falar de higiene das mãos (contato com secreções em superfícies), uso de máscara comum (cuidado com gotículas do trato respiratório) e distanciamento social (manter mais de um metro e meio nos ambientes fechados). Essas medidas, sobretudo, podem proteger as pessoas mais vulneráveis.

Fonte: Pará – O Liberal.com 

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