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Casos de desaparecimento aumentam 84% nos primeiros meses de 2023 no Pará; vídeo

De janeiro a abril deste ano, foram contabilizados 530 registros de pessoas desaparecidas, dos quais 82 eram de crianças e adolescentes entre idades de 0 a 17 anos. Em 2022, durante o mesmo período, os números diminuíram e chegaram a 287 ocorrências de desaparecimento, destes 36 eram de crianças e adolescentes.

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Já de janeiro a dezembro do ano passado, foram 1.167 pessoas desaparecidas (184 eram de crianças e adolescentes). Os dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) mostram um aumento de 243 casos entre os primeiros quatro meses de 2022 e 2023, repassados às autoridades e evidenciam o cenário de mães que jamais perderam a esperança de encontrar os filhos ou filhas que sumiram sem deixar rastros e até hoje não foram localizados.

Como é o caso da Tatiane da Conceição de Azevedo Siqueira. O segundo filho dela, Gustavo Siqueira de Sousa, 22 anos, desapareceu no dia 9 de agosto do ano passado. Ele estava na casa da avó Marlene Juventina, de 75 anos, em Outeiro, e foi até a residência onde morava com a mãe, no bairro do Guamá, em Belém, para buscar dinheiro, duas mochilas com roupas e documentos de identificação. Depois disso, nunca mais foi visto e ninguém sabe o que aconteceu.

Tatiane Siqueira acredita que o filho caçula dela possa estar em outro estado brasileiro. (Ivan Duarte / O Liberal)

Após esses nove meses de desaparecido, Tatiane, conta que não há um dia sequer que pensou em desistir de achar Gustavo. Para ela, a “intuição de mãe” aponta que “ele esteja em um outro estado”, o qual acha ser Santa Catarina, onde mora o filho mais velho de 26 anos.

Isso porque, antes de desaparecer, Gustavo tinha pedido para a mãe que gostaria de ir a SC, mas Tatiane não aceitou. Essa decisão, como explica a mãe, “poderia ter angustiado Gustavo e, por conta disso, teria viajado ao local sozinho” contra a vontade dela.

“Como ele ficou com raiva porque eu não tinha deixado ele (Gustavo) ir, talvez queira me punir de alguma forma. Não sei o que passou pela cabeça dele. Quero saber o porquê que ele fez isso, enquanto essa incerteza fica no meu coração. Como uma pessoa sai todos esses meses e não entra em contato? É uma coisa angustiante para mim, como mãe”, alega Tatiane.

No dia 27 de abril deste ano, o jovem completou 22 anos. A dor de não poder comemorar o aniversário de Gustavo aumenta ainda mais com a chegada do Dia das Mães. “Acho que vai ser o pior Dia das Mães. Não vou ter meu filho perto de mim. Já não tenho um perto (o mais velho), mas entro em contato para saber como está. Agora o Gustavo que não sei onde está. Só Deus sabe como estou. Às vejo as mães com seus filhos na porta de casa e lembro que o meu mais novo não está comigo. É horrível essa sensação. Meu filho mais velho, que mora em Santa Catarina, contou para mim não ter encontrado o irmão lá”, lamenta.

No decorrer desta última semana, Tatiane chegou a ir ao Instituto Médico Legal, na capital paraense, para ver se, pelo menos, achava o corpo do filho caçula. Daqui sete dias ela deverá realizar exame de DNA para verificar se algum o corpo presente no IML pode ser do rapaz. “Tudo que mais quero é encontrar meu filho”, admite a genitora.

Gustavo Siqueira de Sousa tem olhos e cabelos castanhos, é magro e com altura por volta de 1,85m. Se você viu Gustavo Siqueira de Sousa ou sabe qualquer informação sobre o paradeiro dele, entre em contato com os números: (91) 98910-0021 (Tatiane) ou (91) 98538-6466 – Josiane, tia.

Como identificar o desaparecimento de uma pessoa?

De acordo com dados do Sistema Nacional de Localização e Identificação de Desaparecidos (Sinalid), na última década o Brasil registrou uma soma de mais de 700 mil pessoas desaparecidas. As causas do desaparecimento podem ser diversas, como por razões pessoais ou contra a própria vontade.

A pessoa passa a ser considerada como desaparecida a partir do momento que não é possível localizá-la nos prováveis lugares em que costuma frequentar ou quando não há sinais de seu paradeiro de forma alguma. Muito se imagina que se deve aguardar as primeiras 24 horas após o sumiço para registrar um caso de desaparecimento. No entanto, não é necessário esperar esse intervalo de tempo para registrar um boletim de ocorrência sobre a ausência incomum de alguém em uma delegacia física ou virtual.

Após percebido o desaparecimento repentino de uma pessoa, deve-se registrar um Boletim de Ocorrência (BO) em uma delegacia física ou virtual, para que entre no banco de dados e tenha uma maior cobertura de divulgação. No caso de jovens e adolescentes, eles são regidos pela “Lei de Busca Imediata”, que determina a investigação imediata em caso de desaparecimento.

Conheça sites para procurar alguém que desapareceu

Existem diversos sites criados para ajudar familiares e amigos que procuram por desaparecidos. O Desaparecidos do Brasil é um desses sites que informa casos de pessoas desaparecidas em território brasileiro. O portal conta com ferramenta de filtro e busca para pesquisar por estados, nomes ou palavras-chaves referente ao caso.

Já em um órgão de segurança, O Sinal Desaparecidos é um sistema da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que ajuda os familiares e amigos a registrarem de forma imediata o caso de uma pessoa desaparecida. Os policiais rodoviários federais são informados para que atuem em raio de 500 quilômetros do ocorrido, possibilitando a mais fácil e rápida localização das pessoas desaparecidas.

Grupo Liberal tem canal de divulgação de pessoas desaparecidas; saiba como utilizar

O “Desaparecidos” é um canal criado que integra o Eu Repórter – uma iniciativa do Grupo Liberal, que busca reforçar a proximidade com os leitores e internautas, incentivando ainda mais o jornalismo colaborativo – com objetivo de ajudar quem deseja encontrar um familiar que esteja sumido. Toda terça e quinta-feira uma reportagem é publicada sobre o caso de alguém que foi dado pela polícia como desaparecido. Para participar basta preencher um formulário eureporter.grupoliberal.com ou mandar as informações pelo Whatsapp (91) 98565-7449, que também serve como um número para repassar denúncias anônimas.

Clique aqui para acessar a área de desaparecidos de O Liberal

Fonte: Pará – O Liberal.com 

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