Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), houve uma queda acentuada de casos e óbitos provocados pela Covid-19 no Pará em 2023 em comparação ao ano anterior. De acordo com a pasta, em 2022 foram registrados 185.641 casos com 1.235 óbitos. Já em 2023, ocorreram 9.867 casos e 110 óbitos. Os números são justificados graças à eficácia das vacinas disponibilizadas ao público para as mais diversas faixas etárias, incluindo as doses de reforço.
Apesar da queda, o ano fechou com a retomada de casos e mortes, fugindo da estabilidade notada nos meses de 2023 até novembro. Além disso, recentemente, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) confirmou o falecimento de duas mulheres idosas, uma de 78 e outra de 66 anos, devido a complicações vinculadas ao coronavírus.CONTEÚDOS RELACIONADOS: Belém está sem estoque de bivalente e solicita mais dosesProcura pelos postos de vacinação continua grande em Belém
Esses recentes registros geraram preocupações entre os especialistas, pois, daqui a um mês, começam as comemorações carnavalescas, ambiente propício para aglomerações e risco maior de contágio por vírus. “Vivemos um período de novas variantes do vírus SARS-CoV-2, somado às variações de temperatura, o que pode propiciar infecções das mais diversas, o que requer cuidado”, alerta a médica Andrea Beltrão.
A infectologista destaca a necessidade contínua de prevenção. “Aqueles que dispensaram o uso de máscaras devem retomá-lo, especialmente idosos, imunodeprimidos e gestantes. Além disso, é crucial não esquecer que a vacinação completa contra a Covid-19 é indispensável. No hospital em que trabalho, pacientes vacinados que testaram positivo apresentaram sintomas leves da doença”.Quer mais notícias do Pará? Acesse nosso canal no WhatsApp
Como informado pela especialista, a vacinação representa o método mais eficaz para se proteger contra várias doenças, sobretudo para quem pretende pular o Carnaval este ano. “Quem deseja participar das festas não enfrentará problemas, desde que esteja com a vacinação em dia. Além disso, é crucial permanecer atento a sintomas gripais, sendo recomendável ficar em casa nesse caso”, conclui.
Desde que a população tomou conhecimento dos últimos casos de Covid-19 em Belém, houve uma corrida aos pontos de vacinação em busca da imunização. No último dia 4, a procura na Unidade Municipal de Saúde (UMS) no bairro de Fátima era bem diferente em comparação há dois meses. Inclusive, devido ao aumento na demanda, foi necessário montar mais duas salas de vacinação.
De olho nos benefícios de manter a carteira de vacinação atualizada, Djalma Abreu, assistente administrativo de 41 anos, buscou a UMS para receber as doses que ainda faltavam na carteirinha. “Vim receber duas doses de uma vez: Hepatite B e Antitetânica. Graças a Deus, minhas vacinas contra a Covid-19 estão completas, o que me dá um pouco de alívio diante dos recentes acontecimentos”, afirma.
VACINAÇÃO
“É extremamente importante que todos adotem essa precaução, não apenas em momentos de medo. Sempre digo às pessoas que se vacinar é um ato de amor consigo e com o próximo, pois muitas das vezes outras pessoas são penalizadas por conta das nossas negligências. Devemos fazer a nossa parte para minimizar os impactos negativos na sociedade e até em nossas casas”.
João Cunha, 27, também está com a vacina contra a Covid-19 em dia, mas optou por completar a carteira de vacinação ao se imunizar contra a Influenza. “Temos que nos imunizar, seja para qual for a doença, pois só assim a gente consegue erradicar esse mal e que pode levar a morte de mais pessoas. Não temos nada a perder se vacinando, pelo contrário, só há ganhos”, declara o universitário.SERVIÇO
VACINAS
Além da aplicação das vacinas Pfizer Bivalente e Influenza, a Campanha de Vacinação realizada pela Prefeitura de Belém marca presença nas Unidades Básicas de Saúde com as vacinas monovalentes Pfizer baby, pediátrica e adultos e os imunizantes que fazem parte do calendário de rotina para a atualização da caderneta de vacinação da população.
De acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, a Sesma orienta que façam o reforço com a vacina Bivalente as pessoas a partir de 60 anos e as imunossuprimidas a partir dos 12 anos, desde que haja um intervalo de seis meses após a última dose, mesmo que já se tenha tomado a Bivalente uma vez. Nenhuma dose deve ser administrada em pessoas com síndrome gripal.
PONTOS DE VACINAÇÃO
Unidades Básicas de Saúde (UBS’s): segunda a sexta-feira, de 8h às 17h;Shopping centers: segunda a sexta-feira, das 10h às 17h.
QUEM DEVE RECEBER A VACINA CONTRA INFLUENZA
Crianças de 6 meses a menores de 6 anos (5 anos 11 meses e 29 dias);Gestantes e puérperas;Trabalhadores de saúde;Povos indígenas;Indivíduos com 60 anos ou mais de idade;Pessoas portadoras de doenças crônicas;Pessoas com deficiência;Professores das redes pública e privada de ensino;População privada de liberdade e adolescentes em medidas sócio-educativas;Funcionários do Sistema de Privação de Liberdade;Profissionais das Forças Armadas, de segurança e salvamento;Caminhoneiros;Trabalhadores de transportes coletivos rodoviários;Trabalhadores portuários.
QUEM DEVE RECEBER AS VACINAS CONTRA A COVID-19
Vacina Pfizer baby
Indicação: crianças de 6 meses a 4 anos (4 anos 11 meses e 29 dias);Esquema: 3 doses (D1, D2e D3);Intervalo entre 1ª e 2ª dose: 4 semanas;Intervalo entre 2ª e 3ª dose: 8 semanas.
Vacina Pfizer pediátrica
Indicação: Crianças de 5 anos a 11 anos (11 anos, 11 meses e 29 dias);Esquema: 2 doses (vacina monovalente) + reforço (vacina monovalente) .
ESTOQUE
A Sesma informou que devido à grande procura nas últimas semanas, o estoque da vacina Bivalente contra a Covid-19 foi consumido rapidamente, causando a suspensão temporária dessa vacinação. A Sesma já fez a solicitação de uma nova remessa do imunizante.
A previsão é que o Ministério da Saúde envie as doses para o estado do Pará nesta semana. Com a chegada da nova remessa será divulgado cronograma de vacinação com a Bivalente, priorizando a proteção dos cidadãos com maior risco para o coronavírus.
Os imunizantes Pfizer baby e a Pfizer pediátrica estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde.
Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias