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Mudanças climáticas: o futuro precisa ser salvo

Quando se fala em vulnerabilidade frente às mudanças climáticas, se deve ter em mente que, com os impactos mais devastadores em longo prazo, crianças e adolescentes são os mais afetados. O alerta vem do Fundo das Nações Unidas para a Infância, o Unicef, que chama atenção para a ameaça direta à capacidade de uma criança de sobreviver, crescer e prosperar nessa situação.

ENTENDA O CASO
– Eventos como ciclones e ondas de calor extremos destroem a infraestrutura crítica para o bem-estar das crianças e adolescentes. A água e o saneamento ficam comprometidos com as inundações e isso traz o risco de cólera, doença em que este público é particularmente vulnerável.
– Já as secas e as mudanças nos padrões globais de precipitação pluviométrica prejudicam as safras e causam aumento dos preços dos alimentos. Aos pobres, isso significa insegurança alimentar e privações nutricionais, que trazem impactos ao longo da vida. Além de tudo, tal fenômeno impulsiona a migração e o conflito e prejudica as oportunidades para crianças, adolescentes e jovens.Conteúdos relacionados Sustentabilidade: uma questão de sobrevivênciaMáxima na casa dos 40º devem atingir o Brasil nesta semana
– Segundo o Unicef, cerca de 90% do peso de doenças provocadas por mudanças climáticas é suportado por crianças com menos de 5 anos. São males como malária e dengue.
– A Organização Mundial de Saúde aponta que todos os anos, mais de meio milhão de crianças menores de 5 anos morrem de causas relacionadas à poluição do ar e um número maior sofre danos permanentes em seus cérebros e pulmões em desenvolvimento. A poluição do ar também é motivada pelas alterações climáticas e devastação ambiental.
– A pneumonia mata cerca de 2.400 crianças por ano. Tal mortalidade está relacionada à subnutrição, falta de água potável e saneamento, poluição do ar interior e ao acesso inadequado a cuidados de saúde – desafios que são agravados pela mudança climática.
– Hoje, aproximadamente 785 milhões de pessoas não têm acesso a serviços básicos de água em todo o mundo. E até 2040, a previsão é que quase 600 milhões de crianças e adolescentes estejam vivendo em áreas onde a demanda por água excederá a quantidade disponível.
– De acordo com as últimas pesquisas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), temos menos de 11 anos para fazer as transformações necessárias para evitar os piores impactos das mudanças climáticas. O nível de dióxido de carbono na atmosfera teria que ser cortado em 45% até 2030 para evitar o aquecimento global acima de 1,5º C.Quer saber mais sobre as notícias do Pará? Acesse nosso canal no Whatsapp
SOLUÇÕES
– O Unicef aponta que a ação climática oferece oportunidade excepcional para desbloquear enormes benefícios econômicos e sociais que podem ajudar a alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Isso é fundamental para que a entidade proteja as crianças e os adolescentes mais vulneráveis do mundo.
– A entidade trabalha com parceiros para garantir que as crianças possam viver em um ambiente seguro e limpo. As ações estão estruturadas em torno de quatro abordagens:
Tornar crianças e adolescentes o centro das estratégias e planos de resposta às mudanças climáticas; reconhecer crianças e adolescentes como agentes de mudança; proteger crianças e adolescentes do impacto das mudanças climáticas e da degradação ambiental; além de reduzir as emissões de gases e a poluição.
– Crianças, adolescentes e jovens também podem desempenhar um papel fundamental na abordagem dos riscos relacionados ao clima, promovendo estilos de vida ambientalmente sustentáveis e dando um exemplo para suas comunidades.
– Especificamente, o UNICEF pretende apoiar governos nas seguintes áreas: serviços de água, saneamento e higiene inteligentes em relação ao clima. O pacote de soluções inclui sensoriamento remoto para melhorar a identificação de fontes de água, energia solar para ajudar a bombear água e sistemas de gerenciamento inteligentes para usar a água de maneira eficiente.
– Escolas que são ambientalmente sustentáveis e resilientes a desastres naturais são algumas das maneiras mais eficazes de proteger crianças e adolescentes contra as mudanças climáticas.
– A energia renovável (por exemplo, energia solar) permite iluminação e conectividade em áreas onde a rede elétrica está faltando. Isso apoia a educação, permitindo que as refeições escolares sejam preparadas e lanternas solares carregadas para que estudantes levem para casa para fazer os deveres de casa. Nas unidades de saúde essa energia é fundamental para evitar fatores como a perda de vacinas por falta de refrigeração.
– Tomar medidas decisivas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa para desacelerar e, em última análise, interromper o avanço das mudanças climáticas é crucial para enfrentar a crise climática antes que seja tarde demais.
COMO COLABORAR?
– Os programas do Unicef dependem integralmente de contribuições voluntárias. Por isso, o Unicef trabalha para arrecadar recursos, como forma de assegurar os direitos de cada criança e cada adolescente. Todas as pessoas físicas, empresas e instituições podem contribuir com o trabalho da entidade no Brasil. Para saber como contribuir, acesse: https://www.unicef.org/brazil/faca-parte
Fonte: Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef)

Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias 

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