As cantoras paraenses Gaby Amarantos e Joelma já estão no cenário fonográfico há anos, levando a cultura e a musicalidade do Pará a todo o Brasil e o mundo. Os ritmos regionais como calypso, brega e tecnobrega são exaltados pelas artistas por meio de suas canções.
O reconhecimento desse trabalho musical foi pauta nesta terça-feira (13), por meio da deputada Lívia Duarte (PSOL), que protocolou dois Projetos de Lei que visam valorizar a cultura popular paraense, na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). Ambos dispõem sobre a declaração da obra musical das artistas paraenses Gaby Amarantos e Joelma como Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado.Lívia Andrade lembra que Gabriela Amaral dos Santos nasceu no bairro de Jurunas, na periferia de Belém, e iniciou sua carreira como cantora na Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus, onde participava do coral. Depois começou a se apresentar em bares da capital paraense e teve destaque na música paraense com a Banda Tecno Show. “Conhecida por sua exuberância e por seu figurino extravagante, composto por brincos grandes, sapatos de 20 centímetros de altura com leds, roupas coloridas, cílios postiços, apliques de cabelo e acessórios coloridos, ela foi uma das responsáveis pelo surgimento e difusão do tecnobrega, ritmo que virou febre na Região Norte do Brasil. Ficou conhecida nacionalmente após lançar a música “Hoje Eu Tô Solteira”, uma versão da música “Single Ladies”, da cantora americana Beyoncé. O sucesso da música rendeu a Gaby o apelido de “Beyoncé do Pará”, e em 2012, ela lançou seu primeiro disco solo, Treme, com hits como Ex Mai Love e Xirley”, detalhou a parlamentar, no texto do Projeto.
CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Presidente Lula sanciona lei para reduzir filas no INSSLula sanciona atualização da lei de cotas. Veja o que muda
A parlamentar, ressalta que Gaby Amarantos, que já foi indicada ao prêmio internacional Grammy Latino 2023 na categoria “Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa” com o álbum “TecnoShow”, sempre incluiu os ritmos paraenses em seus trabalho musicais.”Com muito orgulho é uma das principais representantes da cultura amazônida, preta e periférica, que divulga e impulsiona a diversidade musical da nossa região. Gaby representa o Brasil possante e verdadeiro e está sempre na luta para fazer com que abram espaço pra música da Amazônia, pro tecnobrega e pra tudo que nós representamos”, justificou Lívia.
Quer mais conteúdos sobre o Pará? Acesse o nosso canal no WhatsApp!
Na matéria, o texto lembra que Joelma é nascida e criada no Pará e consistentemente creditada por levantar a bandeira da música paraense, “e recebeu apelidos honorários, incluindo o de Rainha do Calypso”. A deputada diz que ela é considerada a maior performer do Brasil, conhecida pela sua presença de palco, caracterizada pela habilidade de cantar e dançar ao mesmo tempo, sobre botas de plataforma com salto alto, sem perder o fôlego.
Joelma já vendeu cerca de 20 milhões de álbuns ao longo de sua carreira, sendo reconhecida como uma recordista de vendas de discos no Brasil. Ela também acumulou diversas vitórias e indicações a prêmios importantes da música, incluindo três indicações ao Grammy Latino. A cantora também foi eleita uma das 100 maiores personalidades do Brasil no programa 0 Maior Brasileiro de Todos os Tempos, do SBT, em 2012.
A rainha do Calypso cantou no palco do Prêmio Multishow 2023 recentemente, a música que viralizou nas redes sociais “Voando pro Pará”. “O intuito desta proposição é demonstrar o valor social e cultural que representa a cantora paraense Joelma para o patrimônio histórico-cultural paraense, levando nossa cultura para os quatro cantos do mundo e destacando os ritmos e danças tão característicos do nosso Estado”, finalizou Lívia.
Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias