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Vídeo: Bruno, da dupla com Marrone, é acusado de transfobia

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 2019, que a homofobia e a transfobia são crimes enquadrados na Lei de Racismo. Logo, pessoas que cometam tais atitudes estão passíveis de responder criminalmente, com pena que varia de um a três anos de prisão, além de multa. E pode chegar a até cinco anos de reclusão se houver divulgação ampla do ato.
O cantor sertanejo Bruno, da dupla com Marrone, é acusado de transfobia após perguntar à repórter Lisa Gomes, da RedeTV!, que é trans, se ela possui o órgão sexual masculino em tom pejorativo.Veja também:Dia da Mulher: a luta da mulher trans e travestiDeputado põe peruca e faz discurso transfóbico na câmara
“Você tem pau?”, questionou ele em voz alta, ao que ela, incrédula com a situação, responde com uma nova pergunta: “como assim?”. Bruno, então, repete, quase gritando: “Pau! Pau!”.
As cenas ocorreram no camarim da dupla Bruno e Marrone minutos antes de um show em São Paulo. O momento constrangedor foi gravado por um celular que registrava os bastidores da entrevista.
O bate-papo seria exibido no programa “TV Fama” na noite desta segunda-feira (15), porém, a pedido da própria Lisa Gomes, o material não será transmitido pela RedeTV!VEJA O VÍDEO:🚨ABSURDO: Bruno, da dupla com Marrone, perguntando a uma repórter trans do TV Fama se ela tem pau: “Cê tem pau?” pic.twitter.com/ouStDiORic— CHOQUEI (@choquei) May 15, 2023 CONSTRANGIMENTOEm entrevista ao colunista Lucas Pasin, do Splash UOL, Lisa Gomes revelou que ficou muito abalada após o ocorrido.
“Estou à base de calmantes desde sexta. Sei que a gente enfrenta preconceito a vida inteira, mas o ocorrido fez eu me sentir invadida. Para as pessoas pode parecer uma bobagem, mas não é”, destacou.
“Tive muita dificuldade em aceitar meu corpo e venho cuidando do meu psicológico para lidar com isso. Quando alguém fala esse tipo de coisa é como se você voltasse lá atrás e relembrasse todas as questões que envolvem o processo de transição”, continuou.
Lisa explicou, ainda, que iria conversar com advogados para analisar a possibilidade de tomar uma medida judicial contra Bruno. “Estamos estudando o que podemos fazer. Existe uma cobrança da própria comunidade para que algo seja feito”, pontuou.Bruno ainda não se manifestou publicamente sobre as falas transfóbicas.

Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias 

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