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Show em Ananindeua vai ajudar Terreiro de Candomblé

No coração de Ananindeua, o espaço cultural Acarajé de Matamba, na Cidade Nova, apresenta uma programação especial neste sábado, 9, a partir das 15h. O festival contará com shows da Banda Fogoyó, MC Ira, Matemba e DJ Fresko. Toda a renda do evento será destinada para a construção do Terreiro Rundembo Wa de Bamburusema e Jussara, casa tradicional de matriz africana em Belém e que está de mudança para o distrito de Outeiro.Conteúdos relacionados:Festival Arubé leva música e gastronomia a parque em BelémEx-pastora abandona igreja e se lança em plataforma adultaA rapper Maíra Gomes, conhecida como MC Ira, é uma das convidadas. “Sou rapper da cena cultural do Hip Hop, faço parte da casa Rundembo, na qual sou muzenza. Vou fazer um pocket show com músicas do meu trabalho autoral. É muito importante que a gente consiga a adesão das pessoas no evento pra ter de volta o nosso espaço sagrado, porque é muito triste que a gente tenha perdido nosso lugar de cura e espiritualidade. É um lugar poderoso para o movimento negro”, ressalta.
MC Ira iniciou sua trajetória na cultura Hip Hop em 2018, atuando como produtora e DJ. Desde 2020, ela atua como rapper, tendo algumas referências na cena paraense, tais como: Sumano MC e Ruth Clark. Entre as nacionais, estão Cristal e Os Racionais. Em 2021, ela lançou seu primeiro EP intitulado Opala, que foi premiado pela Lei Aldir Blanc. Em 2022 lançou dois singles, cada um com um clipe. Um se chama ‘Vinguei' e o outro ‘Meu Vulgo'. Quer mais conteúdo de cultura? Acesse o nosso canal no WhatsApp!
Dub e trap representam seu estilo, além de suas músicas que retratam sobre a autoestima da mulher negra, racismo e outras temáticas afins. “Tem uma delas que é a mais conhecida, chamada ‘Exu que Fez', que fala sobre extermínio da juventude negra.  
Elizabeth Pantoja, conhecida como Mam’etu Muagilé de Bamburusema, é sacerdotisa de candomblé de Angola e coordenadora do Instituto de Cultura Afro-Amazônica (IBAMCA) com 20 anos de existência. Mam’etu Muagilé é mestra de cultura Bantu premiada pelo Minc no edital Selma do Coco. Recebeu inclusive diversas comendas. “Estamos fazendo algumas ações em paralelo para angariar fundos para a construção do Terreiro Rundembo Wa de Bamburusema em Outeiro. Além da festa, existe uma ‘vaquinha' on-line em prol do reerguimento desse local, que possui um valor afetivo e religioso para nossa comunidade”, explica. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Instituto Bamburusema🦋 (@ibamca)
DESTAQUE
“A programação será muito especial, porque além do grande bazar que nós vamos fazer, vamos ter também o tabuleiro do melhor acarajé de Belém, o acarajé de Matamba, da nossa deusa do fogo, além de venda de plantas sagradas. E também vai rolar músicas com vários talentos da nossa casa como a  Banda Fogoyó, Matemba, MC Ira e o DJ Fresko”,  destaca Mam’etu Muagilé.
A sacerdotisa conta que foram 22 anos morando no bairro da Terra Firme, mas os alagamentos no bairro não permitiram a permanência. “o Instituto IBAMCA também  teve que parar todas as suas funções, como a iniciativa Pretinta, que é um projeto educacional de três professores, a Gabriela Monteiro, o Bruno Pedrosa e a Fernanda Monteiro. O projeto abrange três municípios do nosso estado, além das aulas de capoeira, percussão e tranças nagô, entre outros.”
“Fomos afetados pelos alagamentos e ficamos sem nosso território sagrado”, completa a artista e ativista do movimento negro, Lo Ojuara, que atua ainda como produtora cultural.
CHEGUE LÁ
Quando: 9/12 (hoje), a partir de 15h.
Onde: Acarajé de Matamba. Endereço: WE-57, nº 962. Cidade Nova V. Ananindeua/PA.
Mais informações: Instagram: @ibamca

Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias 

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