Renata Silveira, a primeira mulher a narrar uma Copa do Mundo, recentemente se despediu do torneio recebendo muitos elogios do público. Em entrevista, a narradora abordou as críticas que enfrentou, a questão do assédio no ambiente de trabalho e compartilhou as táticas que utilizou durante as transmissões dos jogos. Renata também discutiu a possibilidade de substituir Galvão Bueno na cobertura do último jogo do Brasil.
Em suas declarações, Renata destacou que as críticas que recebe não são relacionadas à sua competência, mas sim ao fato de ser mulher. “Eu acho que a gente meio que vai educando, normalizando e acostumando as pessoas com a narração feminina e agora quando venho na Globo parece que preciso voltar e fazer tudo de novo. Olha gente, eu tô aqui, eu consigo fazer isso, eu posso fazer também. Me dá uma chance, me escuta aí. É um trabalho árduo, a gente tem que se provar o tempo todo, não temos tempo para errar”, afirmou.
Renata salientou a importância de abrir espaço e normalizar a presença feminina em áreas predominantemente masculinas. A narradora enfatizou que as mulheres enfrentam uma constante necessidade de provar suas habilidades, um desafio que ela tem enfrentado com determinação e profissionalismo. Com sua atuação marcante na Copa do Mundo, Renata Silveira abre caminho para futuras gerações de mulheres narradoras, mostrando que competência e talento não têm gênero.