A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (6), a “Operação Caripi” no Pará. A ação, segundo a PF, teve início em novembro do ano passado com a apreensão de quase 3 toneladas de cocaína – considerada a maior apreensão de drogas em portos brasileiros da história – no Porto de Vila do Conde, em Barcarena, nordeste do Estado. Agora, a polícia investiga o tráfico internacional da droga para a Europa.
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Foram expedidos sete mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão em Belém, Ananindeua, e Bela Vista do Maranhão (MA). De acordo com a polícia, uma pessoa, que não teve o nome revelado, segue foragida. A PF continua com a apuração das investigações e estima que a ação policial causou um prejuízo de mais de R$ 500 milhões para a organização criminosa.
Apreensão em Barcarena
No dia 4 de novembro, quase 3 toneladas de cocaína foram apreendidas em conjunto pela PF e a Receita Federal, em Barcarena, no nordeste do Estado. A carga tinha como destino a cidade de Sines, em Portugal.
A substância, segundo nota da RF, foi ocultada dentro de sacas de farelo de soja, num contêiner. Após analisarem a carga, com a ajuda do cão farejador Isa, conseguiram localizar, mais precisamente, 2,75 toneladas de cloridrato de cocaína. Por enquanto, ninguém foi preso. Novas investigações serão iniciadas a partir dessa operação.
A Receita Federal e a Polícia Federal informam que já apreenderam mais cinco toneladas de cocaína no porto de Vila de Conde, em Barcarena, entre 2021 e 2022.
Uma das últimas operações no porto resultou numa parceria entre a Polícia Federal do Brasil e a Polícia Judiciária de Portugal, na operação Norte Tropical e demais desdobramentos, que levou à prisão três paraenses envolvidos no tráfico internacional de drogas, também para Portugal, em junho deste ano, e um quarto preso no mês passado. Uma carga de cocaína estava escondida em meio a uma carga de açaí.
De acordo com a polícia lusitana, os suspeitos do caso das drogas na carga de açaí podem ter envolvimento em um esquema bem maior, comandado por Ruben Oliveira, conhecido como “Xuxas” e considerado o maior traficante português, e Sérgio Carvalho (o “Major Carvalho”), chamado de “Escobar Brasileiro”.
Apesar das semelhanças entre os casos, a PF ressaltou que, a princípio, não há ligação entre os crimes. Novamente, a investigação pode ter participação da Polícia Judiciária de Portugal, já que as drogas tinham como destino o país europeu.
Fonte: Pará – O Liberal.com