segunda-feira, julho 14, 2025
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Pesquisadores encontram borboleta amazônica pela primeira vez em floresta de Parauapebas

Pesquisadores encontraram uma borboleta amazônica pela primeira vez na Floresta Nacional de Carajás, localizada no município de Parauapebas, sudeste do Pará. A coleta de um exemplar da espécie Amphidecta calliomma pode trazer um aprofundamento no conhecimento sobre esses animais pela ciência para o desenvolvimento de ações de conservação da biodiversidade. A descoberta foi publicada na revista Ecology and Evolution.

De acordo com o artigo, assinado por cientistas do Instituto Tecnológico Vale – Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS), da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade de Lancaster, do Reino Unido, a espécie ocorre na região, mas até hoje poucos indivíduos foram coletados e identificados por estudiosos. Tereza Cristina Giannini, uma das autoras do artigo, explica que a espécie foi coletada durante uma viagem de campo à Floresta Nacional de Carajás. 

“O indivíduo foi capturado por meio de uma armadilha atrativa com isca de banana fermentada. Após isso, foi feita a identificação com a ajuda do especialista em borboletas da Amazônia, o Dr. William Leslie Overal e sua equipe, do Museu Paraense Emílio Goeldi”, diz a pesquisadora do ITV. O estudo desenvolveu, ainda, um modelo computacional que pode ajudar os cientistas a identificarem o animal a partir das variações de clima do ambiente. “A ferramenta gera um modelo potencial de ocorrência, mostrando quais áreas têm características climáticas semelhantes àquelas onde a espécie já foi encontrada. Assim, conseguimos estimar novos locais de coleta, com maior probabilidade de encontrar a espécie estudada”, aponta Giannini.

De acordo com Orlando Tobias Silveira, pesquisador e curador da coleção de insetos da coordenação de Zoologia do Museu Emílio Goeldi, a descoberta da borboleta contribui para a conservação da espécie. “O encontro do exemplar de Carajás, juntamente com os registros anteriores, de coleções, permitiu aos pesquisadores avaliar comparativamente as chances de encontrar a espécie em outras regiões no norte da América do Sul, contribuindo de modo importante para a conservação da espécie. Sobre a raridade da borboleta, vale dizer, o único registro na coleção do Museu Goeldi é de 1943, de Óbidos, no oeste do Pará, de 80 anos atrás, portanto. É também oportuno que o achado tenha se dado na Flona Carajás, uma área protegida e com condições favoráveis para estudo das propriedades populacionais dessa borboleta e de outras”, finaliza.

Fonte: Pará – O Liberal.com 

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