Dois homens foram presos na Operação Cerberus, da Polícia Federal (PF), realizada em Belém, nesta terça-feira (3). Segundo a PF, agentes cumpriram um mandado de busca e prisão, quando, no decorrer da ação, o investigado foi capturado em flagrante por porte ilegal de arma, munição e droga. Junto com o investigado havia um cabo da Polícia Militar, que também foi preso. Os nomes dos indivíduos não foram divulgados pela PF.
De acordo com a Polícia Federal, um dos indivíduos é considerado como uma liderança da facção que atua na cidade de Macapá. Ele possivelmente estava estreitando laços com outras organizações criminosas, visando aumentar o poder bélico da facção para fortalecer o grupo em disputas de território no Amapá. A PF ressalta que esses indivíduos podem estar relacionados diretamente com a guerra entre as facções criminosas atuantes no estado, responsável pelo aumento da violência no Amapá.
Doze mandados judiciais, sendo nove de busca e apreensão, e três de prisão preventiva, também foram cumpridos na manhã de hoje (3), em Macapá. A Operação Cerberus é um desdobramento da Operação Desunião, deflagrada em 25 de agosto de 2022, onde foi identificado um grupo em aplicativo de mensagens que tinha a finalidade de organizar tráfico de drogas de membros de facção atuantes na capital amapaense.
Segundo a Polícia Federal, os indivíduos do grupo combinavam os valores que variam a partir de R$50 a serem pagos para auxiliar nas despesas da facção criminosa. Eles também abriram espaço para uma espécie de “ouvidoria”, onde os integrantes poderiam dar sugestões administrativas aos líderes, referentes às decisões que envolviam, desde medidas para incrementar o tráfico de drogas, até aplicação de penas/castigo no denominado “tribunal do crime”.
A facção criminosa vinha atuando com muita intensidade nas regiões centrais de Macapá, entre os bairros Perpétuo Socorro e Pacoval. “Toques de recolher” vinham sendo impostos para a população desses bairros. Eles também podem estar ligados a uma série de crimes violentos contra desafetos, executando e mutilando seus rivais no tráfico. Os investigados deverão responder pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e tráfico de armas. Caso condenados, as penas podem ultrapassar 30 anos de reclusão.
Fonte: Pará – O Liberal.com