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Fortes chuvas e queda de granizo podem continuar nos próximos dias no Pará

A forte chuva registrada em Belém, na noite desta segunda-feira (16), e neste último final de semana no Pará, inclusive, com ocorrência de queda de granizo em alguns municípios do Estado, pode voltar a acontecer nos próximos dias. José Raimundo Abreu de Sousa, do 2º Distrito de Meteorologia do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), explica que o motivo do temporal para o temporal é a “formação de linhas de instabilidades na região litorânea devido ao aquecimento” e, também, a organização de nuvens cumulonimbus, que tem como características ventos fortes e incidência de granizo. 

Segundo José, a chuva que aconteceu na segunda (16), na capital paraense, teve uma distribuição irregular em certos pontos. “A Estação Meteorológica no bairro do Curió-Utinga marcou um índice pluviométrico (quantidade de chuva por metro quadrado em determinado local e em determinado período), de 5.6 milímetros. Já na Estação Automática que fica no Entroncamento, choveu 19 milímetros. Os ventos foram diferenciados de bairros em bairros. Em Ananindeua, a chuva começou por volta das 18h, parou e depois voltou”, contou. 

Ele ainda pontua que, até esta terça-feira (17), Belém e a Região Metropolitana têm apresentado chuvas irregulares como a de segunda-feira (16), e que, em cinco dias intercalados deste mês, que totalizam 59.6 milímetros. Este valor, de acordo com Raimundo, é superior ao mês passado, apesar de ainda não ter alcançado a média esperada de outubro que é de 120,1 mm.

“Estas pancadas de chuvas estão acontecendo pela formação de linhas de instabilidades na região litorânea devido ao aquecimento. Em Capitão Poço, Cametá, Porto de Moz e municípios arredores, também ocorreram chuvas de forte intensidade. Os sistemas frontais formados no litoral leste do Brasil favoreceram a formação de linhas de instabilidades ou complexos convectivos no Sul e Sudeste do Pará verificou nas imagens de satélites grandes cumuluninbus bem desenvolvidos e que foi a causa das rajadas de ventos e granizo, quando as correntes descendentes das nuvens se desprenderam e causaram as pancadas de chuvas. A maioria de curta duração, e de pouco volume de chuvas, com muito vento”, acrescentou.

Previsão 

No nordeste do Pará, José Raimundo fala que ainda devem acontecer pancadas de chuvas até sexta-feira (20). Apesar de ser um fenômeno raro, Moju registrou chuva de granizo na tarde de segunda (16). Por conta disso, é preciso que os moradores fiquem atentos com a possibilidade das chuvas. “De modo geral, a região Nordeste litoral vai continuar com o período seco, ainda sob a regência do fenômeno El Niño. As chuvas de granizo sempre se formam dentro das nuvens cumuluninbuus, e quando passa a linha de 0ºC, as gotas de água congelam dentro das nuvens e caem em direção a terra pelas correntes de ar descendentes”, afirma.

Assim como em Belém, no sul e sudeste do Estado, os municípios de Conceição do Araguaia, Ipixuna do Pará, Nova Ipixuna, e também a maioria das cidades destas regiões, “tiveram pancadas de chuvas com distribuição irregular alguns municípios as chuvas atingiram volume de até 60mm que consideramos atípico para a época devido ao El nino”, como lembra José. No entanto, a previsão é de que as chuvas no sul e sudeste do Pará devam ser somente pancadas em áreas pontuais. “Continuará o período seco e as chuvas estão com atrasos. Elas devem continuar com maior frequência somente a partir de novembro no Sul e Sudeste”, esclarece. 

Por conta da presença da cumulonimbus nos últimos dias, a temperatura máxima diminuiu. “Em algumas horas do dia teve subida rápida que contribuiu para atingir, temperaturas no pico máximo quando predomina o sol de 34.5 a 35.5°C”, finaliza. 

Quanto ao questionamento das chuvas estarem relacionadas ao inverno amazônico, José Raimundo diz que o período vai começar no sul do Pará a partir do próximo mês. Com relação a Belém, a expectativa é de que o período se inicie no começo do ano que vem.  

Praça Brasil ganhará nova árvore

Com ajuda do Corpo de Bombeiros, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) realizou o serviço de retalhamento de tronco e galhos de uma mangueira jovem de médio porte que foi derrubada pela ação do vento na noite da última segunda-feira (16), no bairro do Umarizal, na Praça Brasil. Ninguém ficou ferido. 

De acordo com a análise inicial realizada ainda na noite de segunda-feira, a árvore possuía enraizamento superficial no solo, ou seja, a raiz não se aprofundou o suficiente para garantir a sustentação do vegetal.  Não havia risco de queda do vegetal em questão e não há registro de risco em outras árvores da área. Nos próximos dias uma nova árvore da mesma espécie será plantada no local.

“Periodicamente a Semma faz análise técnica dos pedidos de poda e supressão recebidos por meio do protocolo da Secretaria. Apenas após a vistoria do vegetal, os serviços são realizados, ou não. Em muitos casos, a análise feita pelo cidadão comum não coincide com a feita pelo especialista e por esta razão o serviço solicitado não é realizado. O que ocorre, por exemplo, quando a inclinação natural do vegetal é confundida com risco de queda.

Há também os casos em que é solicitada a poda ou retirada do vegetal para facilitar a entrada na garagem de uma residência, para dar maior visibilidade na fachada de empresas ou, mais recentemente, para ampliar o campo de visão durante a procissão do Círio de Nazaré. Em casos como estes, os pedidos são indeferidos, uma vez que poda e supressão são feitas apenas quando há indicação técnica para tal”, informou a Semma.

Em nota, a Secretaria disse que realiza podas nas árvores existentes em toda Belém, o que inclui seus distritos. “Na maioria dos casos, são feitas podas de limpeza, porém há outros tipos de podas, como de correção de ramos, redução de copa e poda de formação. O serviço de poda deve ser solicitado diretamente na Secretaria de Meio Ambiente, localizada na Quintino Bocaiuva. Para registrar o pedido é necessário apresentar documento de identidade com foto, informar a localização do vegetal (rua principal e perímetro) e o motivo do requerimento. Não são aceitos pedidos feitos por e-mail ou por telefone. Em caso de emergência, o Centro Integrado de Operações (Ciop) deve ser acionado pelo número 190”, destaca.
 

Fonte: Pará – O Liberal.com 

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