segunda-feira, novembro 25, 2024
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Amazônia detém a energia do futuro

A adoção de uma
matriz energética predominantemente centrada em fontes renováveis
e que gere menor impacto ambiental está entre as
grandes preocupações vivenciadas em todo o mundo e, como não poderia
deixar de ser, também na
Amazônia. Diante do desafio, a solução para a substituição de combustíveis fósseis por alternativas que
apresentem baixos índices
de emissão de poluentes
pode estar em uma cultura fortemente desenvolvida
na Região Norte do país,
a palma ou dendezeiro. Já
utilizada para a produção
de biocombustíveis na região, a cultura da palma
ainda apresenta um grande
potencial de expansão, que
pode possibilitar não só o
crescimento da geração de
energia limpa, mas também
de empregos e renda para
as comunidades locais.  

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 Não é de hoje que o Brasil mantém uma atuação de
relevância na geração de
energia a partir de fontes
renováveis, a exemplo da
criação do Programa Nacional do Álcool (Pro-Álcool) ainda em 1975 e do consequente crescimento que
a produção de etanol vêm
apresentando no país ao
longo das décadas que se
seguiram. Apesar da tradição que faz com que o
país mantenha uma participação de fontes renováveis de energia acima da
média mundial, atualmente apenas 25% do combustível produzido no país
vêm de fontes renováveis,
conforme aponta o Ministério de Minas e Energia
(MME). Cenário esse que
pode ser transformado.Para o CEO do Grupo
BBF (Brasil BioFuels), empresa de soluções energéticas sustentáveis e maior
produtora de óleo de palma
da América Latina, Milton
Steagall, o Brasil apresenta
um grande potencial para
o crescimento da produção
de biocombustível a partir do óleo de palma, sem
que, para isso, seja necessário derrubar mais nenhuma
área de floresta. “O potencial do óleo de palma para
a geração de biocombustível na Amazônia é enorme,
visto que temos um verdadeiro ‘Pré-Sal Verde’ na região Amazônica com mais
de 31 milhões de hectares
aptos ao cultivo sustentável
da palma de óleo”.  

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  Milton explica que o cultivo da palma, ou dendezeiro, segue uma rígida legislação definida pelo Governo Federal no decreto
7.172/2010, o Zoneamento
Agroecológico da Palma de Óleo. Segundo a legislação,
a palma só pode ser cultivada em áreas que foram degradadas na região até dezembro de 2007.“Atualmente, apenas cerca
de 200 mil hectares estão cultivados na Amazônia. Há ainda muito potencial para crescer sem
derrubar nenhuma árvore,
pelo contrário, reflorestando áreas antes degradadas,
gerando emprego e renda
para a população. E desta
maneira, desenvolver biocombustíveis e gerar energia limpa para os moradores que lá residem”.
Hoje, o Brasil utiliza a
soja como matéria-prima
em 70% da produção de biodiesel do país. Entretanto,
a palma de óleo apresenta
uma vantagem competitiva
em relação à soja. “A grande
vantagem da palma é que
seu cultivo rende 10x mais
tonelada de óleo por hectare, quando comparada com
a soja, outra matéria-prima que também é muito utilizada na produção
de biocombustíveis”, considera Milton Steagall, ao
citar ainda outros benefícios da palma. “Outro ponto de destaque, está relacionado ao estoque de carbono
que a palma proporciona. O
Grupo BBF possui mais de
75 mil hectares cultivados
com a palma de óleo que estocam mais de 25 milhões
de toneladas de carbono na
Amazônia”. 

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 AGRICULTURA
FAMILIAR
Para além da eficiência
e da contribuição ao meio ambiente, a cultura da palma também tem um papel
importante na geração de
emprego e renda para as
comunidades locais. Como
o plantio da palma não
pode ser mecanizado, ele
gera milhares de empregos
em localidades remotas da
região Amazônica, fortalecendo a agricultura familiar. A exemplo dessa contribuição, somente no ano
de 2022, os 414 agricultores que integram o Programa de Agricultura Familiar da BBF conquistaram uma produção recorde
de 37 mil toneladas de frutos de dendê que foram comercializados para o Grupo
BBF, garantindo uma receita de mais de R$ 30 milhões
às famílias.“Essas famílias,
que vivem nas regiões de
Tomé-Açu, Acará, Concórdia e Moju recebem todo
o suporte do time do Grupo BBF para ampliar sua
produção, incorporar novos
processos e melhorar sua
renda e qualidade de vida”,
pontua Milton Steagall. 

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 Para que a parceria dê
certo, Milton explica que
os agricultores familiares
contam com permuta para
compra de fertilizantes
com preços acessíveis, assistência técnica com especialistas no cultivo de
dendê, auxílio para crédito
bancário, logística dos frutos para a indústria, estímulos à melhoria contínua
e garantia de compra dos
frutos a preços competitivos no mercado.“Esse programa nos enche de orgulho porque vemos na prática como o cultivo da palma pode mudar vidas. Sem
deixar de plantar alimentos como mandioca, milho e pimenta do reino,
por exemplo, esses agricultores conseguem ter uma
renda garantida com o dendê, que os permite melhorar a qualidade de vida de
suas famílias”.
PARA ENTENDER:
Diante do enorme
potencial do óleo de
palma para a produção de
biocombustíveis, inovações
já vêm sendo colocadas
em execução no Brasil.
Ainda carente de soluções
renováveis, o mercado
de aviação deve ser o
próximo beneficiado com
o combustível produzido
a partir do dendê. O
CEO do Grupo BBF (Brasil
BioFuels), Milton Steagall,
aponta os primeiros passos
para a produção desses
novos biocombustíveis no
país. “Nossa previsão é que
a produção do Combustível
Sustentável de Aviação
(SAF) e do Diesel Verde,
também conhecido como
Óleo Vegetal Hidrotratado
(HVO), comece em 2026.
A matéria-prima para
os novos biocombustíveis
será o óleo de palma
produzido pelo Grupo BBF.
Já o refino será feito
em uma planta em
construção na Zona Franca
de Manaus (AM), que
será a primeira biorrefinaria
do País a produzir
esses biocombustíveis em
escala industrial”, adianta.
“Estamos otimistas e
orgulhosos de o Brasil estar
dando máxima atenção
nesta agenda, promovendo
desenvolvimento, geração
de novos empregos e
competição no setor de
biocombustíveis. Não tenho
dúvidas que o país
será protagonista global e
referência na nesse setor”. 

Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias 

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