Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas-Sebrae, com base em dados do IBGE, o percentual de empreendedoras em relação ao total de negócios chegou a 34% no Brasil: são mais de 10 milhões de mulheres donas de seus próprios negócios.
Uma delas é a castanhalense Natia Guizilini, de 40 anos, mãe de dois filhos. Com 18 anos se tornou uma empreendedora e mesmo tendo feito faculdade de tecnologia industrial e de direito, o empreendedorismo sempre falou mais alto. Hoje ela administra duas lojas dedicadas a um dos seguimentos que mais cresce no pais, o de produtos fitness.
“Dede a minha adolescência eu já havia despertado para o empreendedorismo feminino mesmo que naquela época não se ouvia falar tanto. Sempre gostei de vender alguma coisa e mostrar para os outros o que tinha comprado e já ia influenciado as pessoas a serem cliente de alguém”, disse.
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O começo de tudo foi em Paragominas com a venda de lingerie. A ex sogra comprou umas peças e sugeriu que ela vendesse. “Eram peças de Fortaleza e eu comecei a vender na faculdade e para os funcionários da família. Vendi muito rápido e em menos de um ano eu transformei o escritório da minha ex sogra em uma loja. Depois eu passei a ir para fortaleza para comprar e dois anos após abri uma lojinha e já era MEI”, relembrou.
A lojinha cresceu e a jovem empreendedora abriu duas lojas bem maiores e dez anos depois vendeu tudo e voltou para Castanhal. “Voltei para recomeçar e iniciei a faculdade de direito, mas sempre com vontade de vender e fazer dinheiro. Então voltei a vender roupa e escondido dentro da faculdade. Passei também a fazer lanches naturais e levava para vender”, disse.
Das roupas e lanches para os emagrecedores. A ideia de vender os produtos veio após tomar um remédio natural que a fez emagrecer 8 quilos e todos os amigos e clientes da faculdade queriam saber o que era. “Peguei uns potes dos inibidores com a moça de quem eu tinha comprado e comecei a vender na faculdade. E foi uma loucura porque eu nem conseguia me concentrar direito porque era toda hora gente querendo comprar e eu estava ganhando muito dinheiro que até desisti de fazer a prova da OAB e passei a vender os produtos em casa”, contou a empreendedora.
O sucesso dos inibidores de apetite fez com que Natia investisse em produtos afins.
“Por que uma coisa puxa a outra. Em um ano eu estava vendendo tudo que é do nincho, como os chás, colágenos e suplementos. E foram três anos vendendo e era só eu que atendia, fazia a entrega e o marketing. Depois que comprei a loja Raiz da Amazônia”, disse.
O caminho foi longo e com muitas batalhas no empreendedorismo
“Agora estou em outras fase. Voltei a ter encargos, funcionários. Tenho filha pequena, correria e sem romantizar o lado empreendedora. Porém estou muito realizada. E o que mais me motiva é empregar pessoas, ajudar pessoas e ver toda uma magia acontecer no momento de um atendimento e sentir elas satisfeitas e com auto estima”, contou.
Fonte: Pará – O Liberal.com