A história de como a empreendedora baiana, Dayane Alcântara Suzate, de 38 anos, vaio parar em Castanhal é uma história de amor. Sim, ela se apaixonou por um paraense de Marapanim, que mora em Castanhal desde criança. O escolhido foi o barbeiro, Fabrício Rodrigues Matos, de anos. Eles se conheceram há 16 anos em uma rede social.
“Eu morava em São Paulo e vim para cá para conhecer ele e me apaixonei. Passei 20 dias e voltei para lá só para organizar as coisas e vim de vez para Castanhal”, contou a baiana que não gostou do açaí logo de cara. “Achei um gosto estranho, mas depois gostei muito e hoje é uma das coisas do Pará que mais amo”, disse Dayane Suzate.
Dayane não conseguiu logo que chegou um emprego, mas foi trabalhar como babá. “Foi só no começo e depois fui fazendo outras coisas, mas inda não tinha pensado em vender comidas típicas da Bahia”, revelou.
Foi na pandemia, quando o esposo decidiu fechar a barbearia que Dayane decidiu empreender. Ela também estava sem emprego e viu na venda do acarajé uma oportunidade de renda para a família.
“Aqui em Castanhal não tinha. Só tinha visto em Belém. Foi então que comprei os ingredientes e comecei, mas não vendia quase nada por que não sabia como divulgar. Foi quando dois meses depois eu criei o Instagram e melhorou um pouco”,
O “pulo do gato” nas vendas veio quando a baiana entrou em contado com um casal de infuenses de Castanhal, @alexbruce28 e @francyellenbnds, e ofereceu o seu produto para eles experimentarem.
“Eu fiz uma cestinha com uns acarajés e fui lá deixar. Quando voltei para tinha tanta gente aqui na porta de casa. Eram os amigos, os filhos eo marido dizendo que os pedidos no Instagram estavam bombando e eu tomei um susto porque foi só tempo deu ir e voltar e tudo se transformou”, disse a baiana.
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A rapidez e o alcance da postagem do casal saboreando os acarajés da Dayane fez toda a diferença.
“Eu comecei a ter tanta encomenda que virou uma loucura. As vendas envolveram toda a família. Meu esposa ajuda até na montagem do acarajé, meu filho mais velho fica no primeiro preparo do feijão fradinho e a minha cunhada administras as redes sociais e faz as fotos e vídeos das postagens”, explicou a baiana.
No começo as entregas eram feitas por um entregador contratado, mas agora eles recebem o pedido no pelas redes sociais e o cliente apanha no local e também tem a opção de fazer os pedidos por dois aplicativos de vendas pela internet.
Hoje o Acarajé Pai d’égua virou uma pequena empresa e é a principal renda da família. “Eu já sou MEI – Micro Empreendedor individual e estou concluindo a graduação em gastronomia. Minha intenção agora é tirar o certificado da Associação da Baianas”, disse.
Mistura de temperos
Dayane diz que são muitos os pedidos de clientes que gostariam de saborear um acarajé com uma pitada do Pará, como por exemplo acrescentar o jambú ou até mesmo trocar o vatapá baiano pelo paraense. Porém ela avisa que essa mistura não está nos planos da baiana porque não pode quebrar a tradição. “Eu até estou correndo atrás da minha certificação na Associação das Baianas e se mexer não poderia ter esse título certificação”, explicou a empreendedora.
Os próximos planos da empreendedora é abrir um espaço somente pra venda da culinária baiana.
“Castanhal tem muito nordestino e muita comida nordestina, mas focada na baiana não. Então esse é meu plano. E em breve oferecer feijão de leite, moqueca baiana e o abará”, contou Dayne Suzate.
Por enquanto o @acaraje_paidegua funciona no pátio da casa do casal de terça a domingo, das 15h até as 22h.
Fonte: Pará – O Liberal.com