A notícia de que a capital paraense poderá passar por calor intenso beirando os 50º, por volta do ano de 2050, assustou os moradores de Castanhal, região nordeste do estado, distante cerca de 60 quilômetros da capital.
“Meu Deus do céu. Se agora em 2023 a gente está passando mal de tanto calor, imagina mais para frente. E nós que moramos tão perto de Belém vamos sofrer quase igual. Eu lembro em tempos passados que o clima de Castanhal era tão diferente de Belém que sempre foi conhecida por ser uma cidade calorenta, mas agora aqui em Castanhal estamos sentindo um calor igual ao de Belém e isso assusta muito”, disse a empresária e educadora física Ray Moraes.
O levantamento foi feito pela ONG Carbon Plan, da Califórnia, e o jornal americano The Washington Post diz que durante 6 meses consecutivos, os moradores da capital paraense terão que lidar com a mudança climática drástica.
“Que notícia terrível, mas já estamos sofrendo um calor assustador. Hoje eu passei mal ao sair da consulta no Hospital Regional de Castanhal. Quando entrei na recepção do hospital senti como se estivesse em uma sauna. Até desisti de ir para o Centro resolver umas coisas e chamei um carro de aplicativo para voltar para casa porque passei mal com o calor mesmo sem ter ido na rua”, disse a empreendedora Josele Pinheiro.
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Para a Cleiciane Monteiro, dona de uma floricultura, o calor e as altas temperaturas têm afetado a saúde das plantas que vende, até mesmo aquelas que são mais resistentes ao Sol.
“Passamos a regar a plantas até 3 vezes ao dia e antes era preciso semente uma vez. Percebemos que a terra fica logo seca por causa do calor. Também deixamos de comprar plantas e flores que vêm de São Paulo porque elas vão morrer aqui de calor. Estão morrendo também as samambaias e as palmeiras que são plantas para áreas externas acostumadas com o calor. A única forma de driblar essa alta temperatura é as deixando molhadas”, disse Cleiciane Monteiro.
Cuidado com os Pets
Até os cachorros precisam mudar o horário de passeio para não sofrerem com o calor, como explica o especialista em comportamento animal e dog walker, André Lossner.
“Os tutores precisam ter cuidado não só com o chão quente, mas também com o mormaço que é emitido do chão. Porque esse calor que fica até um metro do chão pode fazer com que seu cão passe mal e até venha a falecer. Por isso que recomendo a mudança no horário de passeio para após as 18h que é quando a temperatura estará ideal”, explicou.
Fonte: Pará – O Liberal.com