Um barco-hospital atenderá cerca de 2 mil moradores de comunidades ribeirinhas dos municípios de Belterra e Aveiro, no oeste do Pará, ao longo de dez dias, a partir desta quarta-feira (19). A ação Missão Amazônia oferecerá atendimentos ginecológicos, pediátricos e saúde da família, além de orientações sobre ações de prevenção e promoção de saúde, a pacientes que aguardam consultas médicas no Sistema Único de Saúde (SUS).
VEJA MAIS
A ação é uma iniciativa da gestora de faculdades de medicina Inspirali. Ao todo, participam 33 estudantes do último ano de graduação de medicina e oito professores das universidades Unisul (SC), UnP (RN), Unifacs (BA), UniBH (MG), UAM (SP) e USJT (SP). O grupo parte de Santarém rumo às comunidades localizadas às margens do Rio Tapajós, a bordo do navio-hospital Abaré II, pertencente à Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa).
“Para os moradores do Pará, contribuímos com atendimento médico de qualidade e gratuito. Para nossos alunos, unimos ensino com a prática humanizada, que são os preceitos dessa ação”, diz o organizador da iniciativa, o professor Rodrigo Nunes, coordenador do curso de medicina da Unisul.
No barco-hospital serão realizadas consultas e exames. A embarcação acomoda 55 pessoas e possui estrutura de quatro consultórios, sala para pequenas cirurgias e laboratório para análises clínicas e radiografias, além de acomodações. O barco é próprio para navegar em rios mais rasos, o que lhe permite chegar a mais comunidades. Todos os cuidados necessários para prevenção à covid-19 devem ser respeitados durante a ação.
Histórico
Esta é a terceira edição da Missão Amazônia. No total, 60 alunos já participaram da ação. A primeira expedição ocorreu entre setembro e outubro de 2022, e atendeu 2,7 mil pessoas em 19 comunidades de Belterra, Aveiro e Santarém. A segunda aconteceu em março deste ano, em comunidades de Belterra e Aveiro. No total, foram 1,7 mil pessoas beneficiadas.
O professor Rodrigo Nunes conta que as principais patologias atendidas nas duas edições anteriores foram hipertensão, diabetes, anemia, saúde mental e hepatite A. Os atendimentos estão registrados em prontuários eletrônicos, o que facilitou a programação para esta missão. “Fizemos uma atualização dos cadastros dos pacientes, coletamos mais dados e temos informações mais precisas de cada atendimento. Fizemos um estudo dessas informações e criamos um diagnóstico da população para sermos mais assertivos nesta e nas próximas edições como, por exemplo, que tipo de médicos especialistas levar, medicamentos e insumos”, afirma Nunes.
Fonte: Pará – O Liberal.com