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Artistas da música paraense compartilham expectativas para o Tecnobrega em 2024

O Tecnobrega vive um momento de ascensão ao redor do mundo. Com grandes conquistas como a música “Voando Pro Pará“, da Joelma, repercutindo em vários países e o prêmio de Gaby Amarantos no Grammy Latino 2023 com o álbum “Technoshow”, artistas que trabalham com o ritmo sentem orgulho ao presenciar o reconhecimento da música paraense e acreditam que, em 2024, a música paraense estará ainda mais fortificada.

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Gaby Amarantos comemora o prêmio recebido em mãos na cerimônia anual do Grammy, que aconteceu em Sevilha, na Espanha, no último mês. A artista, que está com o nome em listas de cantores mais reproduzidos do ano nas plataformas digitais, nunca imaginou que estaria onde está e se sente feliz em ser uma das agentes promotoras da cultura nortista. 

“A gente já vem produzindo ‘afrofuturismo', música pop há muito tempo e a minha expectativa é que o Tecnobrega continue crescendo. Eu que sempre tive muito orgulho de usar essa palavra Tecnobrega, nunca quis mudar para nenhuma outra, porque eu acredito muito nessa expressão, é muito forte.”

Para o próximo ano, a intérprete de “Não vou te deixar” promete muitos lançamentos ainda no início de 2024 e vai abordar a cultura paraense em um clipe que está programado para o primeiro trimestre e será gravado em Belém. “A agenda de shows estará circulando no Brasil inteiro e nossa intenção é inclusive fazer uma turnê internacional no ano que vem”, complementa.

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As famosas aparelhagens e o brega, do qual se origina o tecnobrega, são reconhecidos como patrimônio cultural e imaterial do estado do Pará. DJ Dinho, do som Tupinambá, acredita que o próximo ano será de novidades e relembra a trajetória, com muitas mudanças, nos 42 anos em que atua sob o comando da aparelhagem. 

“O sentimento que mais me contempla é de dever cumprido, de parcela de contribuição. Vi tantas mudanças acontecerem. Eu participei ativamente, fazendo com que outras camadas sociais conhecessem as aparelhagens. Logo ganharam espaço em lugares que nunca tinham tocado. Isso é muito importante, ver esse trabalho que foi feito lá atrás. O Tecnobrega é uma música oriunda das aparelhagens, sempre tocada”, comemora.

Segundo ele, as conquistas deste ano também são fruto de muito trabalho feito no passado, quando as aparelhagens começaram a ganhar espaço em lugares cada vez mais distantes, recebendo novos adeptos dentro e fora do Norte. Para 2024, o DJ garante muitas músicas paraenses e uma nova roupagem para seu som.

“Estamos nos repaginando, reinventando e edificando para que esse ano de 2024 a gente possa lançar uma nova aparelhagem, com mais tecnologia e novidades, dando continuidade à toda essa trajetória que o tupinambá sempre teve.”

Com mais de 15 anos de carreira, a cantora Rebeca Lindsay acumula sucessos unindo letras românticas à batidas de tecnobrega. A artista é natural do Ceará e começou a atuar no cenário paraense aos 16 anos, com a banda AR-15. Ver a cultura musical do Pará exaltada em outros lugares causa uma sensação de felicidade na cantora, que acredita no potencial do ritmo musical para “arrastar multidões” e ganhar fãs.

“É uma vitória grandiosa para todos nós, que estamos há tantos anos tentando levantar a nossa música, ver que ela está começando a ter a devida visibilidade que merece. Sabíamos que precisávamos disso, pois o ritmo é incrível e contagiante e ver esse momento chegar está sendo incrível”, comemora.

Para o próximo ano, a intérprete de “Tempestade de amor” tem muitos projetos e canções inéditas. Com agenda pré-fechada e uma nova turnê nos planos, Rebeca celebra a ascensão do ritmo e garante muitos sucessos para 2024.

“A nossa dança e ritmo são pensados e elaborados da forma mais linda possível. Imagino [para 2024] um cenário grandioso e tendo o reconhecimento finalmente merecido, sinto que estamos muito perto de mostrar não só a música, mas um movimento no geral onde existem diversos talentos prontos para aparecerem para o Brasil e para o mundo”, diz.

Fonte: Pará – O Liberal.com 

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