Desde às 9h30, hora do primeiro vazamento de gás amônia, até o início da noite de segunda-feira (12), quando o último paciente foi liberado do Hospital Municipal de Marabá (HMM), funcionários e familiares de trabalhadores do Frigorífico JBS viveram momentos de horror. O fluxo de pessoas no HMM somou o de trabalhadores dando entrada para receber atendimento ao de parentes em busca de informação sobre o estado de saúde dos membros da família.
VEJA MAIS
[[(standard.Article) Vazamento em frigorífico: especialista explica o uso da amônia na indústria ]]
O encarregado Valdemar de Oliveira conta que foi pego de surpresa pela notícia do acidente e descreve o que viu quando chegou ao hospital para saber da filha, funcionária do frigorífico. “Eu soube pelas redes sociais o que tinha acontecido no frigorífico e fui correndo para o hospital. Precisava saber se minha filha estava bem, mas era tanta gente entrando e saindo, foi difícil falar com um funcionário. Levei quase uma hora para conseguir ter alguma informação, estava uma loucura”, afirma.
“É difícil a gente ouvir falar em vazamento de gás, então eu pensei logo no pior”, disse o pai da funcionária do frigorífico.
Já para o técnico de meio ambiente Misaque Neves, a satisfação de ver a esposa conseguir um bom emprego deu lugar ao temor de um novo vazamento provoque uma tragédia. “A minha esposa trabalha há três anos no frigorífico. Lembro que foi uma alegria quando ela conseguiu entrar lá porque é uma empresa grande, multinacional. Agora, eu quero mais é que ela saia. Não tem como trabalhar tranquilo sabendo que tem toda essa insegurança por lá. Ninguém sabe se pode acontecer de novo, então a gente fica com medo”, lamenta.
[[(standard.Article) URGENTE: Vazamento em frigorífico leva trabalhadores ao hospital, em Marabá]]
[[(standard.Article) Marabá: vazamento em frigorífico faz 42 vítimas; uma está intubada]]
[[(standard.Article) Vazamento em frigorífico: clima é de calmaria no dia seguinte ao acidente]]
A Redação Integrada de O Liberal entrou em contato com a assessoria da JBS para saber detalhes do atendimento prestado aos colaboradores da empresa, se há algum tipo de assistência oferecida às vítimas e qual é a situação do setor mais atingido pelo vazamento. Entretanto, até a conclusão dessa reportagem, o pedido não obteve resposta.
Nesta terça-feira (13), na sede do frigorífico, o fluxo de pessoas e veículos era praticamente nenhum. A informação que se tinha na portaria era de que o setor de produção estava com atividades suspensas.
Fonte: Pará – O Liberal.com