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Alimentação inclusiva transformou dona de casa em empreendedora em Castanhal

Jéssica Bezerra, tem 29 anos e é mãe da Aurora, de 5 anos que nasceu com resistência à insulina que é uma condição que acontece quando as células dos músculos, gordura e fígado não respondem adequadamente à insulina, apresentando dificuldades de absorção da glicose no sangue. Isso pode gerar complicações como pré-diabetes e diabetes tipo 2.

A resistência à insulina foi detectada quando a garotinha tinha um ano e oito meses e a partir de então passou a necessitar de uma alimentação diferenciada. “Eu não sabia nem cozinhar e durante muito tempo eu não tinha nem fogão. Tudo porque na infância eu tive queimaduras com umas coxinhas que estouraram no momento que minha mãe estava fritando e fiquei muito traumatizada, mas tudo precisou ser superado para cuidar da alimentação da minha filha”, contou Jéssica.

Pães brancos, doces em geral, frituras, açúcar e farinhas refinadas, alimentos ultra processados e refrigerantes são alguns dos muitos alimentos que não podem fazer parte da dieta de quem tem o problema. “Ela também não pode ingerir a lactose e tudo tinha que ser diferente e foi então que comecei a estudar e pesquisar receitas na internet”, contou.

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A primeira receita foi um Danoninho de inhame com morango que Jéssica foi adaptando com os ingredientes que tinha em casa. “Como não podia usar o leite de vaca eu coloquei o leite de coco e bati no liquidificador com o inhame cozido e os morangos. Depois coloquei nos potinhos e deixei congelar. Essa receita é uma das que mais fazem sucesso até hoje”, contou.

A segunda receita foi um bolo sem leite, ovo e farinha branca. Jéssica mais uma vez adaptou a receita aos ingredientes permitidos. “Nesta época eu comecei a fazer parte de dois grupos de mães no whatsapp e postei a foto do bolo e foi um sucesso e ninguém acreditou que era um bolo diferente do tradicional. Logo depois fizemos um encontro de mães de um dos grupos e eu levei um bolo assim para o lanche e foi um sucesso. Uma das mães até encomendou um bolo”, relembrou Jéssica.

Foi a partir da primeira encomenda de bolo que nasceu a empreendedora da alimentação inclusiva. “Levei em uma cesta o bolo e, de brinde, fiz uns pães de queijo, o Danoninho de inhame e um suco verde. Tudo adaptado como fazia para a minha filha”, contou.

Então as receitas deliciosas, que também são consideradas fitness, foram ficando conhecidas entre as mães e sugiram outras mães com filhos que tinham algum tipo de restrição alimentar e as encomendas só aumentaram. “Foi a virada de chave na minha vida e percebi que poderia ser a minha profissão também. Era ainda uma forma de trabalhar em casa e cuidar da minha filha. Eu comecei a fazer cursos de aperfeiçoamento, me tornei MEI e criei meu Instagram que teve o primeiro nome de “Coisas de Aurora” e agora se chama @aurora_confeitaria_inclusiva”. Contou Jéssica.

Hoje, a mãe da Aurora faz além dos bolos simples de festa, prepara pães de queijo, iogurtes, brigadeiros e recentemente os ovos de páscoa. “Eu me sinto muito grata por tudo. Foi por amor a minha filha que consegui também ajudar a tantas outras. Imagina uma criança poder comer os doces de festinha juntos com outras crianças e não se sentir excluído. Hoje recebo cerca de 10 encomendas por dia para bolos simples e de festas e tenho clientes não só de Castanhal, como de Belém, Santa Maria e outros municípios vizinhos e são geralmente mães como eu”, contou a empreendedora.

 

Fonte: Pará – O Liberal.com 

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