terça-feira, novembro 26, 2024
25.3 C
Portel

Com ICMS fixo a partir de hoje, gasolina em Belém vai ficar mais cara

Começou a valer nesta quinta-feira (1º), o reajuste para os combustíveis motivado pelo reajuste na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) fixo de R$ 1,22 por litro em todos os Estados brasileiros. No Pará, o aumento será em torno de R$ 0,14 diretamente para o consumidor. Os novos valores da gasolina e etanol, que podem variar de acordo com o posto, não têm agradado os belenenses, que amanheceram a quinta-feira precisando lidar com a nova realidade e sintam-se surpresos com a notícia ao chegar para abastecer.

VEJA MAIS

[[(standard.Article) ICMS sobre gasolina muda na quinta-feira (1º) e deve elevar preços no Pará; veja quanto]]

[[(standard.Article) Gasolina e etanol aumentam de preço no Pará nesta terça-feira (30) após reajuste de distribuidoras]]

No posto da Avenida Júlio César, no bairro do Souza, a gasolina estava custando R$ 5,19; e o etanol a R$ 4,69. De acordo com o frentista Alan Lima, que trabalha administrando a bomba, logo nas primeiras horas da manhã o estabelecimento alterou o valor do valor da gasolina, que até a última quarta-feira (31), estava custando R$ 4,99. Já o etanol praticamente seguiu inalterado no valor. 

“Ainda não teve reclamações, mas teve uns que chegaram no posto e estão procurando uma opção mais barata. A gasolina comum continua sendo a indicada para isso. O etanol para compensar teria que ser 30% mais barato”, explicou o frentista.

O advogado André Carvalho, de 32, disse que costuma abastecer duas vezes ao dia, e que prefere andar sempre de tanque cheio pelo fato do veículo “desempenhar melhor”. Mas, com o reajuste na gasolina, começará a repensar a atitude.

“Eu acho que pesa, sim, [no bolso] por conta de ser um valor pequeno, mas somando o número de litro que usamos na semana, mês, vai dar um peso grande. O governo poderia ter segurado mais um pouco”, afirmou André.

Marcelo Campelo, de 37, é professor e costuma usar bastante o carro para trabalhar e levar o filho à escola, precisando abastecer o veículo de duas a três vezes ao dia. Com o atual reajuste e colocando as contas na ponta do lápis, ele também disse que tentará reduzir as idas ao ponto, mas que é complicado. “Todos os brasileiros vão sentir de alguma forma. O que a gente tem que fazer é orar para melhorar, porque humanamente falando é quase impossível”, disse decepcionado. 

O professor Marcelo Campelo, de 37 (Carmem Helena / O Liberal)

No posto da Duque de Caxias próxima a Lomas Valentina o valor da gasolina também estava no valor de R$ 5,19; o etanol, dez centavos mais caro, custando R$ 4,79.

O motociclista David Carlos Torres lamentou que o salário mínimo do brasileiro não acompanhe a elevação do preço dos produtos, como por exemplo, o da gasolina. “O que ganhamos [de dinheiro] ainda precisamos dividir com outras despesas. O que nos resta é rodar dentro e fora da cidade procurando outras alternativas de combustiveis”, complementou. 

Já no posto de gasolina na Avenida Duque de Caxias, próximo ao Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, a gasolina estava dez centavos mais cara, custando R$ 5,29; já o etanol permaneceu custando R$ 4,69.

O motorista de aplicativo Edmilson Barros, de 55, que parou no posto para abastecer disse que foi pego de surpresa com o reajuste do valor da gasolina. “Eu abasteci dois dias atrás aqui e não estava esse preço, aumentou bastante”, reclamou.

O motorista de aplicativo Edmilson Barros, de 55 (Carmem Helena / O Liberal)

Edmilson pontuou que “o transporte hoje é básico e de extrema importância”. Para ele, o novo preço não irá apenas mexer no “bolso” dos motoristas em geral, mas para quem é passageiro e quer se deslocar, e que “todos são prejudicados”. 

Fernando Amorim, de 50, trabalha como motorista também e precisa diariamente ir e voltar do município Castanhal. “Essa é a primeira vez que abasteço com aumento, porque ontem estava R$ 4,99 e hoje, é com uma diferença de R$ 30 a 40. Tem outros postos que são mais em conta, mas receio de vir adulterado, só resta o consumidor aceitar”, lamentou.

Posicionamento 

Em conversa com o Grupo Liberal, o porta-voz do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Sindicombustíveis) do Pará, o advogado Pietro Gasparetto, afirmou que as alterações em vigor, referente ao novo cálculo do ICMS para a gasolina e o etanol, já estavam previstas desde ano passado.

Segundo ele, antes, o ICMS era calculado por meio da aplicação de uma alíquota sob uma base de cálculo que era um valor fixado por cada Estado, e por isso, “era diferente para cada unidade da Federação”.

“A partir de agora as alíquotas vão ser uniformes em todo o país e específicas, ou seja, em reais por litro, o que deve acabar com a diferença de alíquotas entre os Estados e a chamada Guerra Fiscal”, explicou o advogado.

Pietro pontuou que, apesar das alterações começaram a valer no dia 1º de junho, muitas pessoas já estavam reclamando que as distribuidoras elevaram o valor mesmo sem o reajuste ter entrado em vigor. 

“Não é possível fazer uma estimativa de quanto de combustível vai custar ao cliente, porque existem outros aspectos que incidem no preço final do combustível além do imposto”, afirmou o advogado, acrescentando que a Petrobras também alterou a política de preço, que trouxe mais incerteza ao mercado.

“Essas oscilações decorrentes do aumento de imposto não tem relação com a atuação das empresas, nem sequer são dos seus interesses”, finalizou.

 

Fonte: Pará – O Liberal.com 

DEIXE AQUI SEU COMENTÁRIO
📢 Quer ficar por dentro das últimas notícias em primeira mão? Não perca tempo! Junte-se ao nosso canal no WhatsApp e esteja sempre informado. Clique no link abaixo para se inscrever agora mesmo:
- Publicidade -spot_img
- Publicidade -spot_img

Últimas notícias

Acessibilidade