O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) instaurou procedimento preliminar para levantamento de informações sobre a distribuição de 25 toneladas de carne no Aniversário de Parauapebas, no sudeste do Pará. O evento, que ocorreu na última quarta-feira (10) e foi considerado pela Prefeitura de Parauapebas como o “maior churrasco de costela no fogo de chão do mundo”, pode virar alvo de medida judicial, informou a Promotoria de Parauapebas.
A gestão Darci Lermen divulgou nas redes sociais que foram 1,5 mil costelões distribuídos ao público de 65 mil pessoas. A quantidade superou a de 2022, quando foram distribuídas 20 mil toneladas de carne. O evento foi realizado pela parceria entre o Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas (Siproduz) e a Associação Nacional dos Amigos dos Centros de Tradições Gaúchas (CTG), com apoio da prefeitura.
A Promotoria de Justiça de Parauapebas solicitou informações à prefeitura sobre o evento, que encaminhou “parcialmente” os documentos solicitados, diz o MP. Após análise da promotoria, porém, foi constatado que “havia poucos elementos para verificar a legitimidade do evento, bem como a existência de ilicitudes”. “Por isso foi determinada a instauração de procedimento preliminar para o levantamento das informações, e a adoção de possíveis medidas judiciais”, diz o comunicado do MPPA.
‘Churrascada’ no ano passado também foi investigada
Essa não é a primeira vez que a “churrascada” do Aniversário de Parauapebas vira alvo de investigação do MP. No ano passado, primeira vez que o evento foi realizado, foram distribuídas 20 toneladas de carne com o objetivo anunciado pela prefeitura de colocar a cidade no Guiness Book, o livro dos recordes. A programação virou alvo de um pedido de explicações do MP sobre os gastos da administração municipal nas comemorações.
Em comunicado, a 4ª Promotoria de Justiça de Parauapebas informou que o “inquérito civil instaurado ano passado, encontra-se em fase de conclusão”, mas adiantou: “Quanto à aquisição de carnes em 2022, o relatório do GATI [Grupo de Apoio Técnico Interdisciplinar] informa que não houve irregularidades, uma vez que foi adquirida com verbas do sindicato, e não verbas públicas”.
O que diz a prefeitura de Parauapebas?
A Redação Integrada de O Liberal solicitou nota à Prefeitura de Parauapebas sobre o caso e aguardo um posicionamento.
Fonte: Pará – O Liberal.com