Um erro de reconhecimento facial da inteligência artificial da Segurança Pública de Sergipe fez com que a noite de festa da jovem Thaís Santos, de 31 anos, se transformasse em um pesadelo em Aracaju (SE). Acompanhada de duas amigas, a auxiliar administrativa foi confundida duas vezes com uma foragida da Justiça e foi parar no camburão da Polícia Militar.
Conteúdos relacionados:Aplicativos ajudam a controlar finanças; conheça!Grandes empresas apostam em home office e outros benefíciosThais se preparava para o Pré-Caju, tradicional festa micareta de Aracaju, quando foi abordada por três agentes da PM à paisana. O constrangimento na abordagem começou quando a jovem não estava munida com uma identificação. Apesar disso, na primeira abordagem, Thaís foi liberada e chegou a ver a foto da foragida que estava sendo procurada. “Ela não se parecia comigo”, disse.
A segunda abordagem, porém, aconteceu duas horas depois, de acordo com ela, com violência e brutalidade. Quatro policiais militares se aproximaram e iniciaram a abordagem sem cerimônias. Exigiram que ela colocasse as mãos para trás e, em seguida, a algemaram.
Quer mais notícias de Brasil? Acesse o nosso canal no WhatsApp!“Eu já estava chorando e nervosa, informando que eu não tinha feito nada. Um dos policiais dizia que eu sabia o que tinha feito. No mesmo momento, eu urinei nas calças. Fui conduzida para o camburão da polícia como uma marginal, com todo mundo ali presenciando todo o constrangimento pelo qual eu estava passando. Nunca fui tão humilhada em minha vida, sem nunca ter feito nada de errado”, lembra Thais.Ao perceberem que não se tratava da mesma pessoa, Thais foi liberada e voltou para casa.
O que diz o governo de Sergipe?
Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de Sergipe admitiu o erro, mas reafirmou que “houve uma grande similaridade apontada pela identificação facial com outra pessoa, que possuía mandado de prisão em aberto”. Além disso, reiterou que a tecnologia exige que se faça uma verificação minuciosa, uma vez que sua precisão não é 100%.
Um procedimento foi instaurado pela Corregedoria da Polícia Militar para apurar o caso.
Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias