A mina de número 18 da Braskem, em Maceió, sofreu um rompimento
neste domingo (10), informou a prefeitura da cidade. Ainda não há detalhes
sobre a dimensão dos danos.A área do rompimento foi sob a lagoa Mundaú, que tende a
ficar altamente salinizada, com prejuízos para a fauna e a flora do local. O
prefeito João Henrique Caldas (PL) afirmou que maiores informações sobre o
assunto ainda estão sendo colhidas e serão compartilhadas quando possível.Imagem divulgada pelo prefeito mostra o momento em que o
rompimento ocorreu, causando grande movimentação no espelho d'água da lagoa.
“A Defesa Civil de Maceió ressalta que a mina e todo o seu entorno estão
desocupados e não há qualquer risco para as pessoas”, disse ele, em uma
rede social.Ainda não se sabe o diâmetro da cratera formada pelo colapso
da mina. A situação tem ligação com o afundamento do solo que atinge cinco
bairros da capital de Alagoas. O monitoramento da mina foi ampliado após cinco
abalos sentidos no mês de novembro.CONTEÚDO RELACIONADOAfundamento de solo chega a 2,35 metros em MaceióEm nota publicada na quinta (7), as coordenações municipal,
estadual e nacional de Defesa Civil, apontaram que a área com risco de colapso
teria diâmetro de 78 metros, três vezes o raio da mina 18 e similar ao
comprimento de uma piscina olímpica e meia.A área era usada pela Braskem para produzir sal gema, mas as
operações foram interrompidas em 2019, após os primeiros sinais de afundamento
do solo. Desde então, a empresa vem trabalhando para preencher as cavidades de
35 minas no local.A velocidade de afundamento da mina 18 se acelerou neste
sábado, chegando a 0,54 cm por hora, apresentando um movimento de 13 cm em 24h,
segundo boletim emitido pela Defesa Civil. O rebaixamento da cavidade de onde
era extraído sal gema já acumula 2,24 m.O município está em estado de emergência por 180 dias desde
o dia 29 de novembro, conforme determinação do prefeito.O problema da mineração começou em março de 2018 e até hoje
não foi solucionado. O Serviço Geológico do Brasil, órgão do governo federal,
concluiu que as atividades da empresa em uma área de falha geológica causaram o
problema.
Desde então, mais de 60 mil pessoas dos bairros Pinheiro,
Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol foram realocadas para outros pontos da
cidade. O problema afeta cerca de 20% do território de Maceió.
Fonte: DOL – Diário Online – Portal de NotÍcias