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Barco Hospital Papa Francisco completa quatro anos levando saúde a comunidades ribeirinhas no Pará

O Barco Hospital Papa Francisco completa quatro anos de atividades, neste sábado (19), com um balanço de cerca de 375 mil atendimentos realizados em 77 expedições em municípios paraenses do Baixo Amazonas, Calha Norte, Xingu e Tapajós. O projeto oferece assistência pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e a Associação Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus.

A meta da atuação do Barco Hospital é levar atendimentos a comunidades ribeirinhas de difícil acesso por terra, em diversas regiões do Pará. A embarcação possui estrutura para realizar consultas médicas, exames laboratoriais e de imagem, entrega de medicação, internações, além de cirurgias de baixa e média complexidade.

Cada expedição envolve uma equipe de cerca de 30 profissionais, inclusive voluntários que se oferecem para contribuir com o projeto. Junto com a oferta de especialidades médicas fixas, como clínica geral, oftalmologia, pediatria, radiologia, os profissionais também buscam adaptar o perfil de atendimento de acordo com a demanda da comunidade que irá receber o projeto. 

O barco hospital percorre várias regiões do Pará (Marco Santos / Agência Pará)

Suporte na pandemia

Durante a pandemia da Covid-19, o Barco Hospital Papa Francisco se dedicou exclusivamente a pessoas com suspeitas da doença, inclusive dando apoio na transferência de casos mais graves. No período, foram contabilizados mais de 21 mil atendimentos de casos suspeitos ou confirmados de contaminação por coronavírus.

“O Barco Hospital Papa Francisco é fundamental na missão da gestão em levar saúde para todo o Pará. Muitas vidas foram salvas, inclusive durante as fases mais críticas da pandemia, filas de cirurgia foram reduzidas, entre outras importantes realizações. Gostaria de deixar meus agradecimentos aos profissionais, voluntários e o apoio dado pelos poderes municipais”, avalia o secretário de Saúde do Estado (Sespa), Rômulo Rodovalho.

“É uma alegria e uma satisfação fazer parte desta história. São quatro anos proporcionando esperança, saúde especializada e humanizada aos povos ribeirinhos, indígenas e quilombolas da nossa Amazônia paraense”, pondera Frei Afonso Obici, coordenador das atividades do projeto. “Os números de atendimentos expressam a grandeza, o benefício e as vidas impactadas pela soma de esforços. São mais de mil voluntários que nos auxiliaram nestes quatro anos. A todos que colaboraram com o projeto, a nossa gratidão e prece”.

Na pandemia, atendimentos deram suporte em portos de cidades ribeirinhas paraenses (Agência Pará)

Atendimentos

Alguns atendimentos marcam a história do Barco Hospital. Logo na primeira expedição, foi realizada uma ultrassonografia obstetrícia em uma gestante. Durante o exame, foi diagnosticada a necessidade da realização do parto em caráter emergencial, sem tempo suficiente para transferência para um hospital de referência. A equipe médica então realizou a cesárea com o nascimento de Adriano Francisco.

Em 2021, outro parto foi feito na comunidade de Arapiuns, em Santarém, no oeste paraense. Após o nascimento da criança, mãe e filha foram acolhidas na embarcação para continuar o atendimento.

Na 60ª expedição, realizada em Faro, chegou ao Papa Francisco uma lancha trazendo um jovem de uma comunidade ribeirinha, vítima de afogamento. Ele chegou desacordado e logo foram prestados os primeiros socorros, com os médicos realizando os procedimentos necessários para estabilização do paciente. Ele precisou ser entubado e passou 24 horas sob os cuidados médicos, depois sendo transferido para uma unidade de referência, onde continuou o atendimento e logo recebeu alta.

Já na última expedição, na comunidade de Barreirinhas, em Almeirim, também no oeste paraense, durante os preparativos de encerramento das atividades, uma mãe, que havia encontrado o filho desacordado em casa, buscou o Barco Hospital para atender o caso urgente. Com suspeita de traumatismo cranioencefálico, o menino foi atendido por neuropediatra para realizar exames. A equipe da embarcação conseguiu estabilizar o caso e viabilizou a transferência por via aérea da criança para o Hospital Regional do Tapajós (com informações da Agência Pará).

Fonte: Pará – O Liberal.com 

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